Rota 2
Castanheiro do Sul
A Rota 2 inicia-se, aqui, na freguesia de Castanheiro do Sul.
Castanheiro do Sul chegou a ser sede de Concelho, com atribuição de Foral em 1514, tal era a importância destas terras e destas gentes para a região. Terras férteis em azeite, centeio e vinho que vão agradar aos monges do convento de Cister, de São Pedro das Aguias que alargaram a sua influência e autoridade a este território.
Castanheiro do Sul é também terra com marcas da herança judaica patente essencialmente ao nível da sua arquitetura. No entanto, a beleza das suas paisagens motiva-nos a descobrir os antigos caminhos que conduziram ao Êxodo Sefardita
Espinhosa
Seguimos a nossa rota até Espinhosa, uma das mais pitorescas freguesias do concelho de S. João da Pesqueira. Marca constante da paisagem são os olivais, as vinhas, o xisto, os vales que atraíram sempre as diversas comunidades que por aqui passaram. De todas destacamos a
fixação de famílias judias e cristãs-novas que deixaram várias marcas e vestígios.
Um dos locais obrigatórios é o Largo da Moreira, pois aqui ainda se mantem uma habitação muito curiosa, com elementos vulgares da construção dos cristãos-novos, com candeias ainda à porta.
Prosseguimos viagem até Várzea de Trevões, para finalizarmos a nossa rota.
Várzea de Trevões
Local obrigatório de paragem é uma pitoresca habitação que conserva uma inscrição que guarda segredos dos tempos que os cristãos-novos viviam em Várzea de Trevões.
Esta localidade foi antiga sede de concelho, que se dizia ter um “termo muito pequeno” e chegou a possuir setenta famílias, mas devido à falta de documentação não sabemos quantas delas teriam origens judaicas ou relações de parentesco com cristãos-novos.
Esta terra foi caracterizada pela qualidade do seu pão, azeite e sumagre, atividades a que estavam ligadas os Judeus.