top of page

Rota 1

Riodades

Iniciamos aqui a Rota 1

Com a ajuda das coordenadas poderás descobrir a freguesia de Riodades, que é composta por dois aglomerados populacionais, a sede em Riodades e Vale de Penela.

Deslumbre-se com a paisagem!

Riodades é uma freguesia emblemática e rica em Património, faz a transição entre a Beira e o Douro, entre paisagens graníticas e vales xistosos, onde as vinhas e os olivais dominam a paisagem.

Terras com história, também aqui viveram Judeus e, mais tarde, Cristãos – Novos que encontraram nestas povoações um rumo para dar às suas vidas.

Em Riodades, poderemos encontrar onze edifícios com construções emblemáticas deste povo, inúmeras marcas e vestígios.

Prosseguimos viagem até Vale de Penela. Aqui, entre ruas e ruelas poderemos encontrar em, pelos menos quatro casas marcas deste povo, sendo que uma delas possuiu uma inscrição “INRI1738” – Iesus Nazarenus Rex Indaeorum 1738.

Paredes da Beira

A nossa viagem prossegue até à freguesia de Paredes da Beira.

Segundo a tradição o nome foi-lhe atribuído por Fernando “O Magno”, Rei de Leão, pela abundância de afloramentos graníticos e também pelas ruínas e muros sobrepostos daquela pedra.

A sua história encontra-se ligada à formação de Portugal, a comprovar isso está a atribuição muy antiga do seu Foral (século XI).

Paredes da Beira possui um vasto património e vestígios arqueológicos da maior importância e de verdadeira raridade.

Desde muito cedo, Paredes da Beira atraiu os homens que vinham à procura de uma vida melhor. Veio a Nobreza, o Povo e famílias judaicas, que mais tarde, se fizeram Cristãos-Novos, como Diogo de Almeida, que foi preso pela Inquisição em 1729 por culpa de judaísmo. Muitos outros foram presos, pois viram os seus bens a ser arrestados e vendidos em praça pública, como João Rodrigues Espinosa, entre outros familiares na data de 1620.

Durante o Período Medieval, esta terra era apenas um pequeno povoado de difícil acesso e, por isso, o local ideal para refúgio, quer para as famílias judaicas, quer para aqueles que foram expulsos de Castela.

Da presença deste povo encontramos numerosos vestígios gravados nas suas portas e nas suas paredes.

Trevões

É nesta freguesia que finalizamos a Rota 1.

Trevões possui referências patrimoniais que a definem como um todo. Ao longo das suas artérias, é possível observar espaços, fragmentos e elementos patrimoniais de diversas épocas e de diferentes comunidades que aqui se instalaram. É testemunho disso a presença de algumas famílias judaicas que aqui se estabeleceram em finais da idade Média, atraídos pelo dinamismo económico de uma Feira Franca que El Rei D. Dinis aqui mandou criar na denominada “ Rua dos Gatos”, um dos núcleos mais antigos desta povoação.

Já os séculos XVI-XVIII, a documentação prova-nos que aqui existiram inúmeras famílias judias, que na sua maioria eram indivíduos que constituíam uma pequena elite local.

Mas, entre os séculos XVI-XVII, a Inquisição teve um papel mais ativo na freguesia de Trevões, onde vários habitantes foram presos e levados para os cárceres. Só no ano de 1618 foram presos 23 indivíduos.

Entre os acusados de se judaizarem, estão as famílias com o sobrenome – Rebelo, Fonseca, Dias, Mesquita, entre outras, que possuíam profissões como advogados, sapateiros, mercadores e simples agricultores, já cristãos-novos que viram as suas famílias serem destruídas.

Desses tempos, em Trevões, permaneceram imensos vestígios como inscrições, cruciformes, entre outras marcas que evidenciam a herança judaica-cristã-nova.

Concluímos a Rota 1 com a visita obrigatória ao Museu Etnográfico de Trevões, onde se guardam duas lamparinas, certamente de tradição judaica, pois o mesmo modelo é utilizado na comunidade judaica de Belmonte.

bottom of page